Fim de ano é época de fazer tudo o que não foi possível nos 11 meses e meio anteriores.
Dos encontros consecutivos com amigos e colegas às pendências do trabalho, é preciso resolver tudo antes do dia 24.
Fim de ano parece o fim do mundo.
No blog não é diferente. Os vários rascunhos de posts passam a incomodar mais do que o normal. Na onda dos wikis, queria ter escrito sobre
o projeto da enciclopédia do Google, Knols, que, dizem, fará frente à Wikipédia.
a Flapédia, o wiki oficial do Flamengo (seria um ótimo projeto pro centenário do Galo)
a Debatepedia, voltada para debates e deliberações
e tantos outros temas.
Faltou fôlego. Voltaremos a eles, se o mundo não acabar.
______
Hoje é meu primeiro dia de férias.
Isso significa uma distância considerável do computador, principalmente nas três próximas semanas.
A Chapada Diamantina, as praias da Bahia, a biografia do Tim Maia, um clássico de James Joyce, a filosofia por Luc Ferry, uma pilha de quadrinhos e boas horas de sono aguardam-me ansiosos.
Sugestões na Bahia e leituras impressas serão muito bem-vindas.
O NovasM, NMídias volta a qualquer momento.
Ótimo fim de ano para todos.
sexta-feira, dezembro 21, 2007
domingo, dezembro 16, 2007
Livro Jornalismo 2.0, agora em português

Há cinco meses, lamentei aqui a não existência em português de uma manual de sobreviviência para jornalistas na era digital.
Não tardou muito: já está disponível para download a versão traduzida do livro Jornalismo 2.0, Como Sobreviver e Prosperar, (Journalism 2.0: How to Survive and Thrive), do jornalista norte-americano Mark Briggs. A tradução para português é de Carlos Castilho.
A obra é uma edição do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas da Universidade do Texas (Austin) e está em pdf também em inglês e espanhol.
Abaixo o sumário da obra, leitura obrigatório para meus alunos em 2008:
Introdução:
Um mar tranqüilo não faz um bom marinheiro
Capítulo 1:
FTP, MB, RSS, oh!!!!
Capítulo 2:
Web 2.0
Capítulo 3:
Ferramentas e Brinquedos
Capítulo 4:
Novos métodos de Reportagem
Capítulo 5:
Como fazer um Blog
Capítulo 6:
Como fazer reportagens para a Web
Capítulo 7:
Áudio digital e Podcasting
Capítulo 8:
Tirando e Administrando Fotos Digitais
Capítulo 9:
Produzindo Vídeos para Notícias de Atualidade e Variedades
Capítulo 10:
Edição Básica de Vídeo
Capítulo 11:
Escrevendo Roteiros, fazendo Gravações em Off
Epílogo:
Colocando tudo junto
Apêndice:
Roteiro do filme sobre uma família sobrevivente
do furacão Katrina
sexta-feira, dezembro 14, 2007
Links for 2007-12-13 [del.icio.us]
# A TV digital que vem aí :: Inovação Uniemp - Revista do Instituto Uniemp::
Desafios são muitos: marco regulatório, modernização tecnológica, produção de conteúdo, interatividade e conquista do telespectador
quarta-feira, dezembro 12, 2007
UGC (na TV Digital, inclusive)
UGC (User Generated Content, ou Conteúdo Gerado por Usuários) é uma sigla que, após a notícia de ontem, certamente será frequentemente citada por aqui nos próximos tempos, já que a Wikipédia é o exemplo de produção colaborativa sem intermediários previamente institucionalizados (jornalistas ou publicitários, por exemplo).
A forte tendência de abrir espaços para o conteúdo produzidos por pessoas comuns (que podem ser tratados como cidadãos engajados, consumidores, engraçacinhos interessados no sucesso viral etc) coincidentemente é a matéria de capa da edição 3 da revista Meio Digital: OU VOCÊ ESTÁ COM ELE, OU ELE ESTARÁ CONTRA VOCÊ. Vale a leitura.
Interessante notar com esta tendência não se limita à web. Uma experência em Santa Catarina incentivou a produção de conteúdo audiovisual por alunos de escolas públicas, responsáveis por todo o processo de gravação, edição e até envio dos arquivos para as emissoras UFSC TV e TV Cultura de Santa Catarina, que veicularam as produções. O projeto Marint aconteceu em 2004, como parte do doutorado do prof. Fernando Crocomo, e recentemente virou o livro TV Digital e produção interativa - a comunidade manda notícias.
A forte tendência de abrir espaços para o conteúdo produzidos por pessoas comuns (que podem ser tratados como cidadãos engajados, consumidores, engraçacinhos interessados no sucesso viral etc) coincidentemente é a matéria de capa da edição 3 da revista Meio Digital: OU VOCÊ ESTÁ COM ELE, OU ELE ESTARÁ CONTRA VOCÊ. Vale a leitura.
Interessante notar com esta tendência não se limita à web. Uma experência em Santa Catarina incentivou a produção de conteúdo audiovisual por alunos de escolas públicas, responsáveis por todo o processo de gravação, edição e até envio dos arquivos para as emissoras UFSC TV e TV Cultura de Santa Catarina, que veicularam as produções. O projeto Marint aconteceu em 2004, como parte do doutorado do prof. Fernando Crocomo, e recentemente virou o livro TV Digital e produção interativa - a comunidade manda notícias.
terça-feira, dezembro 11, 2007
Boa nova
O trabalho começou no início do ano e a notícia saiu ontem: a partir de 2008 serei um doutorando do Programa de Pós-Graduação em Estudos Lingüísticos na Faculdade de Letras da UFMG.
Sob orientação da profa. Carla Coscarelli, pretendo desenvolver o projeto A Wikipédia como suporte para processos colaborativos de redação e edição de textos - uma versão muito aprofundada do estudo de caso que fiz com o acidente do vôo TAM 3054.
Que venham os longos anos de dedicação (mas antes, férias, por favor...).
Sob orientação da profa. Carla Coscarelli, pretendo desenvolver o projeto A Wikipédia como suporte para processos colaborativos de redação e edição de textos - uma versão muito aprofundada do estudo de caso que fiz com o acidente do vôo TAM 3054.
Que venham os longos anos de dedicação (mas antes, férias, por favor...).
sexta-feira, dezembro 07, 2007
Revista sobre Letramento Digital
Atualização: mudaram o endereço da revista, que agora foi publicada na íntegra em .pdf
O número 2 da revista Língua Escrita, editada pelo Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale) da UFMG, acaba de ser lançado e tem como tema Letramento Digital.
O especial foi organizado por Carla Coscarelli e Ana Elisa Ribeiro e conta com um artigo de minha autoria: Ler, escrever, editar, comentar, votar... Os desafios do letramento digital na web 2.0
Abaixo a relação de artigos e demais contribuições, todos disponíveis em pdf:
Editorial
Língua Escrita: rumo aos open archives?
Letramento digital: perspectivas de acesso à cultura escrita
Entrevista
José Afonso Furtado - Universidade de Lisboa
Tema: Práticas de leitura e letramento digita
Estudos e pesquisas
Prática de letramento no ambiente digital
Autora: Rossana Delmar de Lima Arcoverde - Universidade Federal de Campina Grande
Cultura escrita impressa e cultura escrita digital: a perspectiva de crianças de camadas médias
Autoras: Mônica Daisy Vieira Araújo - Rede Municipal de Ensino de Contagem/MG; Isabel Cristina Alves da Silva Frade - Universidade Federal de Minas Gerais
Hipertexto: quem ensina o quê?
Autora: Carla Viana Coscarelli - Universidade Federal de Minas Gerais
Letramento digital e formação de professores
Autora: Valeska Virgínia Soares Souza - Universidade Federal de Minas Gerais
Ler, escrever, editar, comentar, voltar...
Os desafios do letramento digital na web 2.0
Autor: Carlos Frederico B. d'Andréa - Centro Universitário UNA / Faculdade de Comunicação e Artes
Instrumentos de ação pedagógica
Competências e habilidades na alfabetização: como construir uma matriz de desempenho para um jogo?
Autoras: Delaine Cafiero e Carla Viana Coscarelli - Universidade Federal de Minas Gerais
Resenhas
A escola e as práticas de leitura e escrita em tempos de internet
Autor: Hércules Tolêdo Corrêa - Centro Universitário de Belo Horizonte
COSCARELLI, Carla Viana e RIBEIRO, Ana Elisa. Letramento digital: aspectos sociais e possibilidades pedagógicas. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
O número 2 da revista Língua Escrita, editada pelo Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale) da UFMG, acaba de ser lançado e tem como tema Letramento Digital.
O especial foi organizado por Carla Coscarelli e Ana Elisa Ribeiro e conta com um artigo de minha autoria: Ler, escrever, editar, comentar, votar... Os desafios do letramento digital na web 2.0
Abaixo a relação de artigos e demais contribuições, todos disponíveis em pdf:
Editorial
Língua Escrita: rumo aos open archives?
Letramento digital: perspectivas de acesso à cultura escrita
Entrevista
José Afonso Furtado - Universidade de Lisboa
Tema: Práticas de leitura e letramento digita
Estudos e pesquisas
Prática de letramento no ambiente digital
Autora: Rossana Delmar de Lima Arcoverde - Universidade Federal de Campina Grande
Cultura escrita impressa e cultura escrita digital: a perspectiva de crianças de camadas médias
Autoras: Mônica Daisy Vieira Araújo - Rede Municipal de Ensino de Contagem/MG; Isabel Cristina Alves da Silva Frade - Universidade Federal de Minas Gerais
Hipertexto: quem ensina o quê?
Autora: Carla Viana Coscarelli - Universidade Federal de Minas Gerais
Letramento digital e formação de professores
Autora: Valeska Virgínia Soares Souza - Universidade Federal de Minas Gerais
Ler, escrever, editar, comentar, voltar...
Os desafios do letramento digital na web 2.0
Autor: Carlos Frederico B. d'Andréa - Centro Universitário UNA / Faculdade de Comunicação e Artes
Instrumentos de ação pedagógica
Competências e habilidades na alfabetização: como construir uma matriz de desempenho para um jogo?
Autoras: Delaine Cafiero e Carla Viana Coscarelli - Universidade Federal de Minas Gerais
Resenhas
A escola e as práticas de leitura e escrita em tempos de internet
Autor: Hércules Tolêdo Corrêa - Centro Universitário de Belo Horizonte
COSCARELLI, Carla Viana e RIBEIRO, Ana Elisa. Letramento digital: aspectos sociais e possibilidades pedagógicas. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
quarta-feira, dezembro 05, 2007
Pós-Graduação em Projetos Editioriais Impressos e Multimídia
Já estão abertas as inscrições para a turma 2008 do curso de pós em Projetos Editoriais Impressos e Multimídia, coordenador por mim e Ana Elisa Ribeiro e oferecido no Centro Universitário UNA, em BH.
O curso é voltado a profissionais interessados em conceber e desenvolver projetos editoriais (jornal, revista, livro e multimídia), em contextos institucionais, sociais, culturais, científicos ou projetos pessoais.
As aulas começam em fevereiro e acontece às quintas, sextas e sábados.
Abaixo a grade curricular.
O curso é voltado a profissionais interessados em conceber e desenvolver projetos editoriais (jornal, revista, livro e multimídia), em contextos institucionais, sociais, culturais, científicos ou projetos pessoais.
As aulas começam em fevereiro e acontece às quintas, sextas e sábados.
Abaixo a grade curricular.
- Módulo I: Comunicação e Gestão de Projetos
Comunicação e Contemporaneidade
Texto: criação, edição e revisão
Gestão de Projetos Editoriais - Módulo II: Concepção e Desenvolvimento de Projetos para Impresso
Projetos aplicados ao jornal
Projetos aplicados à revista
Projetos aplicados ao livro - Módulo III: Concepção e Desenvolvimento de Projetos para Multimídia
Projetos aplicados a ambientes multimídia (CD, DVD e mídias móveis)
Projetos aplicados à Internet - Módulo IV: Projeto, Legislação e Mercado
Leis de incentivo à cultura
Marketing e Relacionamento
Metodologia Científica - Seminários Temáticos
- Seminários de Projetos
quinta-feira, novembro 29, 2007
(BH) As Relações Públicas no Cenário Social
“Inserção e Diversidade para a Co-Responsabilidade - As Relações Públicas no Cenário Social” é o evento que o Conselho Regional de Relações Públicas está organizando durante todo o dia 04 de dezembro, terça-feira, para comemorar o Dia Nacional das Relações Públicas. As palestras acontecem no INAP - Instituto de Arte e Projeto e é necessário inscrever-se antes pelo site.
Às 19h estarei por lá, ministrando a palestra Tudo e todos conectados: os novos modelos para a comunicação institucional.
(O dia do RP, na verdade, é 02 de dezembro, domingão...)
Às 19h estarei por lá, ministrando a palestra Tudo e todos conectados: os novos modelos para a comunicação institucional.
(O dia do RP, na verdade, é 02 de dezembro, domingão...)
terça-feira, novembro 27, 2007
(BH) Palestra Ethevaldo Siqueira
O jornalista do jornal Estado de S. Paulo, especializado em comunicação e autor do livro "2015 - Como Viveremos", ministra a palestra de encerramento do I Seminário Mineiro de Recursos Humanos em Tecnologia da Informação, que acontece nesta quinta, 29 de novembro.
As inscrições gratuitas devem ser feitas no site da Assespro.
As inscrições gratuitas devem ser feitas no site da Assespro.
sexta-feira, novembro 23, 2007
Livros, a última fronteira da convergência?
Cada um em um momento e com intensidades diferentes, a indústria fonográfica, os jornais impressos, as revistas, as emissoras de televisão e rádio, todos foram impactados pela digitalização de seus produtos.
Falta, ou faltava, a última fronteira: o mercado editorial. O lançamento do Kindle, um novo leitor digital de livros, agitou o mercado esta semana. O "ipod dos livros" foi logo considerado um marco na indissociável relação entre publicações e papel.
O produto da Amazon tem uma tela de 6 polegadas (que não brilha com outros displays) e conexão sem fio à internet, permitindo receber, através de assinaturas, o conteúdo de jornais e revistas, além de 300 blogs. Armazena até 200 e-books de um acervo de 90 mil títulos à venda (na Amazon, claro) por US$ 9,99 e, infelizmente, com proteção contra cópia (e não suporta pdf!). Preço não muito convidativo, assim como o do próprio leitor: US$ 399 (links adicionais ao final do post).
O dispositivo mais próximo do Kindle acredito que seja o Reader, da Sony, lançado em 2006. Suas principais desvantagens são não ter acesso direto à internet (os e-books precisam ser baixados em um computador) e a compra apenas pela loja virtual da Connect, certamente menor que a Amazon. Custa US299.99, incluindo o download gratuito de 100 e-books.
O lançamento de um novo dispositivo é sempre uma ótima oportunidade para avaliarmos o presente e especularmos (digo, apontarmos tendências) sobre o futuro do setor.
Engana-se quem acha que o hábito de leitura em telas de qualquer natureza estaria desmotivando os leitores a comprar obras impressas. Pelo contrário: os números aumentaram nos últimos anos. A editora norte-americana Penguin, por exemplo, afirmou recentemente que a internet beneficiou as livrarias, funcionando como ferramenta de marketing, experimentação e aproximação com a próxima geração de leitores (que o diga o exemplo da Cauda Longa editorial no Brasil). Para o executivo John Makinson, "muita coisa está acontecendo na indústria musical que não se repete no setor dos livros. Os consumidores não querem álbuns inteiros, apenas faixas. Mas querem livros inteiros, e não capítulos".
A distribuição P2P chegou, mas não abalou as livrarias. Legiões de leitores scaneam e compartilham livros em sites como o Democratização da Leitura, que tem um "acervo alimentado por centenas de colaboradores em todo o mundo". Lançado em agosto no Reino Unido, o livro “Harry Potter and the Deathly Hallows” em horas já estava disponível para download, no que chegou a ser chamado de napsterização do mercado de livros.
Nem isso parece incomodar, ao menos os autores. Em artigo recente, Nelson Motta afirmou: "meus editores vão ficar de cabelos em pé, mas, por mim, colocava o texto completo de meu novo livro na internet, um mês depois do lançamento, sem medo de ser feliz". Além disso, a internet ajudou jovens escritores a praticarem a escrita, lançarem-se para o público e, depois de algum tempo, ganharem o mercado editorial com obras impressas.
The future of books, reportagem de março de 2007 da revista The Economist, apresenta uma interessante diferenciação entre os genêros literários. A digitalização está trazendo o mesmo impacto para obras de ficção, não-ficção, poemas, enciclopédias? Claramente, não.
Faltariam antes suportes de leitura portáteis adequados às características de um livro? Uma tela tradicional jamais atraiu ninguém para uma leitura prazeirosa. Para se criar um documentos txt e ler num ipod, então, há de se estar muito interessado no tema (e "bem das vistas", como se diz no interior).
Papo para outros (longos) posts.
Leia ainda: The Future of Reading (Newsweek) e E-paper comes alive (Technology Review)
Falta, ou faltava, a última fronteira: o mercado editorial. O lançamento do Kindle, um novo leitor digital de livros, agitou o mercado esta semana. O "ipod dos livros" foi logo considerado um marco na indissociável relação entre publicações e papel.
O produto da Amazon tem uma tela de 6 polegadas (que não brilha com outros displays) e conexão sem fio à internet, permitindo receber, através de assinaturas, o conteúdo de jornais e revistas, além de 300 blogs. Armazena até 200 e-books de um acervo de 90 mil títulos à venda (na Amazon, claro) por US$ 9,99 e, infelizmente, com proteção contra cópia (e não suporta pdf!). Preço não muito convidativo, assim como o do próprio leitor: US$ 399 (links adicionais ao final do post).
O dispositivo mais próximo do Kindle acredito que seja o Reader, da Sony, lançado em 2006. Suas principais desvantagens são não ter acesso direto à internet (os e-books precisam ser baixados em um computador) e a compra apenas pela loja virtual da Connect, certamente menor que a Amazon. Custa US299.99, incluindo o download gratuito de 100 e-books.
O lançamento de um novo dispositivo é sempre uma ótima oportunidade para avaliarmos o presente e especularmos (digo, apontarmos tendências) sobre o futuro do setor.
Engana-se quem acha que o hábito de leitura em telas de qualquer natureza estaria desmotivando os leitores a comprar obras impressas. Pelo contrário: os números aumentaram nos últimos anos. A editora norte-americana Penguin, por exemplo, afirmou recentemente que a internet beneficiou as livrarias, funcionando como ferramenta de marketing, experimentação e aproximação com a próxima geração de leitores (que o diga o exemplo da Cauda Longa editorial no Brasil). Para o executivo John Makinson, "muita coisa está acontecendo na indústria musical que não se repete no setor dos livros. Os consumidores não querem álbuns inteiros, apenas faixas. Mas querem livros inteiros, e não capítulos".
A distribuição P2P chegou, mas não abalou as livrarias. Legiões de leitores scaneam e compartilham livros em sites como o Democratização da Leitura, que tem um "acervo alimentado por centenas de colaboradores em todo o mundo". Lançado em agosto no Reino Unido, o livro “Harry Potter and the Deathly Hallows” em horas já estava disponível para download, no que chegou a ser chamado de napsterização do mercado de livros.
Nem isso parece incomodar, ao menos os autores. Em artigo recente, Nelson Motta afirmou: "meus editores vão ficar de cabelos em pé, mas, por mim, colocava o texto completo de meu novo livro na internet, um mês depois do lançamento, sem medo de ser feliz". Além disso, a internet ajudou jovens escritores a praticarem a escrita, lançarem-se para o público e, depois de algum tempo, ganharem o mercado editorial com obras impressas.
The future of books, reportagem de março de 2007 da revista The Economist, apresenta uma interessante diferenciação entre os genêros literários. A digitalização está trazendo o mesmo impacto para obras de ficção, não-ficção, poemas, enciclopédias? Claramente, não.
Faltariam antes suportes de leitura portáteis adequados às características de um livro? Uma tela tradicional jamais atraiu ninguém para uma leitura prazeirosa. Para se criar um documentos txt e ler num ipod, então, há de se estar muito interessado no tema (e "bem das vistas", como se diz no interior).
Papo para outros (longos) posts.
Leia ainda: The Future of Reading (Newsweek) e E-paper comes alive (Technology Review)
terça-feira, novembro 13, 2007
A importância da banda larga
Há menos de um mês do lançamento da esvaziada TV Digital Terrestre brasileira, Carlos Castilho escreveu que A banda larga é muito mais importante que a TV Digital. A discussão foi levantada porque está prevista para até o dia 12 de dezembro a decisão de se instalar ao menos um terminal de banda larga em todos os municípios brasileiros.
Talvez seja mais fácil afirmar que só existirá efetivamente uma TV Digital com acesso complementar à banda larga. Caso contrário, teremos avanços meramente incrementais, como a alta resolução ou o número de canais, sem a tão falada interatividade, que exige um canal de retorno (a internet parece ser o melhor suporte para essa via de mão dupla).
Para se ter dimensão da importância da conectividade, vale acompanhar o site mantido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, o OECD Broadband Portal (em inglês), que traz dados sobre preços, velocidade de acesso, uso domético e empresarial da banda larga.
Lá é possível saber, por exemplo, que o número de assinantes de banda larga entre os 30 países membros da OECD cresceu 24% entre junho de 2006 e 2007, alcançando 221 milhões de assinaturas, o que significa um índice de 18.8 assinaturas para cada 100 habitantes (fundamental lembrar que uma assinatura, quase sempre, atende mais de uma pessoa). Os EUA lideram disparados, com mais 66 milhões de assinaturas.
No Brasil, a taxa de penetração de banda larga em 2007 está em torno de 3,3% - cresceu 1 ponto no último ano. O serviço de banda larga residencial cresceu 660% no Brasil nos últimos três anos. Segundo André Havro, cresceu o serviço 660% no Brasil nos últimos três anos, mas (como sempre) está concentrado em poucas cidades do país e é viável para uma camada privilegiada economicamente.
Algumas experiências no Brasil são reveladoras. Piraí (RJ) e Parintins (AM) são exemplos de cidade de pequeno porte já beneficiadas pela banda larga sem fio. Entre as grandes cidades, 90% de Belo Horizonte deve ser coberta por redes sem fio no projeto BH Digital.
Atualização em 14/11
a) Governo Federal promete que, até 2010, os 3.570 municípios que ainda não têm conexão banda larga estarão conectados.
b) A cidade de Sud Menuncci, em São Paulo, também oferece conexão wireless gratuita aos seus moradores, avisa Raphael Perret via lista JW.
Talvez seja mais fácil afirmar que só existirá efetivamente uma TV Digital com acesso complementar à banda larga. Caso contrário, teremos avanços meramente incrementais, como a alta resolução ou o número de canais, sem a tão falada interatividade, que exige um canal de retorno (a internet parece ser o melhor suporte para essa via de mão dupla).
Para se ter dimensão da importância da conectividade, vale acompanhar o site mantido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, o OECD Broadband Portal (em inglês), que traz dados sobre preços, velocidade de acesso, uso domético e empresarial da banda larga.
Lá é possível saber, por exemplo, que o número de assinantes de banda larga entre os 30 países membros da OECD cresceu 24% entre junho de 2006 e 2007, alcançando 221 milhões de assinaturas, o que significa um índice de 18.8 assinaturas para cada 100 habitantes (fundamental lembrar que uma assinatura, quase sempre, atende mais de uma pessoa). Os EUA lideram disparados, com mais 66 milhões de assinaturas.
No Brasil, a taxa de penetração de banda larga em 2007 está em torno de 3,3% - cresceu 1 ponto no último ano. O serviço de banda larga residencial cresceu 660% no Brasil nos últimos três anos. Segundo André Havro, cresceu o serviço 660% no Brasil nos últimos três anos, mas (como sempre) está concentrado em poucas cidades do país e é viável para uma camada privilegiada economicamente.
Algumas experiências no Brasil são reveladoras. Piraí (RJ) e Parintins (AM) são exemplos de cidade de pequeno porte já beneficiadas pela banda larga sem fio. Entre as grandes cidades, 90% de Belo Horizonte deve ser coberta por redes sem fio no projeto BH Digital.
Atualização em 14/11
a) Governo Federal promete que, até 2010, os 3.570 municípios que ainda não têm conexão banda larga estarão conectados.
b) A cidade de Sud Menuncci, em São Paulo, também oferece conexão wireless gratuita aos seus moradores, avisa Raphael Perret via lista JW.
domingo, novembro 11, 2007
(BH) V Seminários sobre Cibercultura e Convergência Digital
12, 13 e 14 de novembro
9:20 às 11h
Sala Multimeios - Universidade Fumec
Dia 12
Interfaces experimentais homem-máquina: novas possibilidades de comunicação
Marília Bergamo
Narrativas interativas em jogos digitais
Marcos André Kutova
Dia 13
Meta-autores e receptores-participantes na cibernarrativa
Paula Ribeiro
Considerações sobre o objeto tecnológico contemporâneo
Fernando Rabelo
Dia 14
Diversificação das mediações sociais no jornalismo colaborativo
Gabriela Jardim
Digga: a experiência de um site acadêmico sobre Jornalismo Colaborativo
Felipe Torres, Mariana Celle e Ana Paula Condessa
9:20 às 11h
Sala Multimeios - Universidade Fumec
Dia 12
Interfaces experimentais homem-máquina: novas possibilidades de comunicação
Marília Bergamo
Narrativas interativas em jogos digitais
Marcos André Kutova
Dia 13
Meta-autores e receptores-participantes na cibernarrativa
Paula Ribeiro
Considerações sobre o objeto tecnológico contemporâneo
Fernando Rabelo
Dia 14
Diversificação das mediações sociais no jornalismo colaborativo
Gabriela Jardim
Digga: a experiência de um site acadêmico sobre Jornalismo Colaborativo
Felipe Torres, Mariana Celle e Ana Paula Condessa
quinta-feira, novembro 08, 2007
Prêmios para projetos e conteúdos de celulares
Atualização: inscrições prorrogadas até 25 de novembro.
Até 19 de novembro estão abertas as inscrições para 3 iniciativas da Telemig Celular, que visa incentivar a produção de conteúdos para celulares.
EDU.MOV oferece prêmios de até R$ 300 mil para projetos educacionais voltados para jovens e através de midias móveis.
Fotos e vídeos produzidos no celular com o tema "Minas Gerais" concorrem ao prêmio de até R$6 mil no IMAGE TAG. Os interessados devem cadastrar-se no site e receberão SMS com tags (palavras-chave) para inspirar as produções.
Games sobre temas livres ou sobre o Patrimônio Cultural de Minas Gerais podem se inscrever no TELEMIG CELULAR GAMES, que vai distribuir prêmios de até R$ 10 mil.
Dica do Marcelo Sander via WebJornalistasBH.
Até 19 de novembro estão abertas as inscrições para 3 iniciativas da Telemig Celular, que visa incentivar a produção de conteúdos para celulares.
EDU.MOV oferece prêmios de até R$ 300 mil para projetos educacionais voltados para jovens e através de midias móveis.
Fotos e vídeos produzidos no celular com o tema "Minas Gerais" concorrem ao prêmio de até R$6 mil no IMAGE TAG. Os interessados devem cadastrar-se no site e receberão SMS com tags (palavras-chave) para inspirar as produções.
Games sobre temas livres ou sobre o Patrimônio Cultural de Minas Gerais podem se inscrever no TELEMIG CELULAR GAMES, que vai distribuir prêmios de até R$ 10 mil.
Dica do Marcelo Sander via WebJornalistasBH.
terça-feira, novembro 06, 2007
Palestra e lançamento F5 - Laboratório de Comunicação Digital

O lançamento do F5 - Laboratório de Comunicação Digital é nesta quinta, 08 de novembro, com a palestra "Saturação midiática: a comunicação digital em busca de novos conteúdos".
O evento, que acontece às 21h no campus Buritis da UNA, conta com a presença de Geane Alzamora (PUC-MG) e Tiago Palhares (Atake - Agência de Comunicação Alternativa).
O evento é aberto ao público e integra a Semana de Comunicação e Artes - Criatividades Curvilíneas
Mais informações sobre o evento, os convidados e o laboratório no blog f5labdigital.blogspot.com.
Last.fm faz recomendações locais
Não sei se é novidade, mas o fato é que me surpreendi com o e-mail da Last.fm, em português, recomendando, a partir de meu perfil musical, um evento em BH.

P.S. - O site do Eletronika enfim está no ar. Passe também pelo MySpace e siga-os no Twitter.
domingo, novembro 04, 2007
(BH) Dia Mundial da Usabilidade 2007
A data é comemorada no dia 08 de novembro e este ano tem programação prevista em cinco cidades brasileiras.
Em BH, acontece a partir das 13h no IEC / PUC Minas, com vários workshops e uma palestra de encerramento de Brian Stone, da Ohio State University.
O link para inscrições será disponibilizado nesta página.
Em BH, acontece a partir das 13h no IEC / PUC Minas, com vários workshops e uma palestra de encerramento de Brian Stone, da Ohio State University.
O link para inscrições será disponibilizado nesta página.
quarta-feira, outubro 31, 2007
A Cauda Longa da TV (via internet)
Juarez Queiroz, diretor do portal Globo.com: apenas 5% do conteúdo do Globo.com geram 80% dos acessos do portal (ponto para a teoria da Cauda Longa). Por questões legais e de audiência, a emissora não pretende apostar em transmissão ao vivo, via web, dos eventos esportivos das TVs aberta e fechada.
Chris Deering, do portal de distribuição de vídeos Jalipo: a revolução da internet é a possibilidade de ter um público menor, com custo mais baixo. “Distribuir conteúdo por satélite tem um custo fixo, não importa para quantas pessoas esse conteúdo seja distribuído. Na Internet, o custo de distribuição é variável”. E coloca em xeque a tese de Queiroz, apontando mercado para o conteúdo ao vivo: “há mais de 10 milhões de fãs de vôlei na Europa, mas virtualmente nenhuma transmissão comercial na televisão”.
Ambos foram palestrantes do Congresso TV 2.0, que acontece em SP.
Mediante cadastro, vale acompanhar a cobertura da Tela Viva.
Leia também o post IPTV x TV Digital.
Chris Deering, do portal de distribuição de vídeos Jalipo: a revolução da internet é a possibilidade de ter um público menor, com custo mais baixo. “Distribuir conteúdo por satélite tem um custo fixo, não importa para quantas pessoas esse conteúdo seja distribuído. Na Internet, o custo de distribuição é variável”. E coloca em xeque a tese de Queiroz, apontando mercado para o conteúdo ao vivo: “há mais de 10 milhões de fãs de vôlei na Europa, mas virtualmente nenhuma transmissão comercial na televisão”.
Ambos foram palestrantes do Congresso TV 2.0, que acontece em SP.
Mediante cadastro, vale acompanhar a cobertura da Tela Viva.
Leia também o post IPTV x TV Digital.
terça-feira, outubro 30, 2007
(BH) 2º Seminário sobre TV Pública na Era Digital
Nesta quarta-feira, dia 31/10, o evento promovido pela Rede Minas recebe a professora e pesquisadora Regina Mota, da UFMG.
O encontro será das 10h às 13h, na sala Juvenal Dias do Palácio das Artes. Mais informações e inscrições no site da emissora.

O encontro será das 10h às 13h, na sala Juvenal Dias do Palácio das Artes. Mais informações e inscrições no site da emissora.
Sarkozy: mais um político abandona entrevista
Irritado pelo agendamento de uma entrevista em um dia de agenda apertada, o presidente francês começou xingando publicamente seu assessor de imprensa. Irritado, chamou o evento de “uma estupidez geral”.
Ao ser perguntado pela jornalista Leslie Stahl, do canal CBS, sobre o divórcio com sua ex-mulher, Cecília, levantou-se e foi embora. Restou à jornalista perguntar: "o que nós fizemos?".
O vídeo abaixo, uma edição posterior da própria CBS, não mostra o que ela teria feito; exibe “Sarko, L’Américain”, como é conhecido o presidente, "apelando".
Ainda sobre políticos e jornalistas, leia o post Noticiabilidade discutida ao vivo em Portugal, que mostra o político Santana Lopes reduzando-se a continuar uma entrevista para o canal Sic Notícias após a interrupção para um "ao vivo" com um técnico de futebol.
Ao ser perguntado pela jornalista Leslie Stahl, do canal CBS, sobre o divórcio com sua ex-mulher, Cecília, levantou-se e foi embora. Restou à jornalista perguntar: "o que nós fizemos?".
O vídeo abaixo, uma edição posterior da própria CBS, não mostra o que ela teria feito; exibe “Sarko, L’Américain”, como é conhecido o presidente, "apelando".
Ainda sobre políticos e jornalistas, leia o post Noticiabilidade discutida ao vivo em Portugal, que mostra o político Santana Lopes reduzando-se a continuar uma entrevista para o canal Sic Notícias após a interrupção para um "ao vivo" com um técnico de futebol.
sexta-feira, outubro 26, 2007
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