“A internet irá atropelar a TV digital”.
A afirmação de Alberto Luchetti, fundador da allTV e presidente da Associação Brasileira de Emissoras de IPTV, soa polêmica e desafiadora.
Enquanto as atenções e investimentos ao longo do ano devem concentrar-se na implementação da TV Digital brasileira (ou melhor, no Brasil), a transmissão audiovisual via internet cresce devagar, mas tem futuro claro e promissor.
De uma vez por todas: IPTV não é TV na internet (streaming, Youtube e afins). Trata-se do uso do protocolo IP (a princípio em qualquer plataforma com acesso à internet) para transmitir conteúdo audiovisual. As vantagens são inúmeras: os canais não dependem de concessões do governo, o telespectador liberta-se definitivamente da lógica de grade de programação e ganha autonomia para assistir qualquer programa, em qualquer lugar, a qualquer momento - tudo isso se exploradas as potencialidades máximas da rede, claro.
Um das iniciativas prometidas para o ano é a Oi TV, que será distribuída via celular (em streaming), internet (assinantes Velox) e TV por assinatura (a Way TV, serviço de cabo em algumas cidades mineiras, vai adotar o novo nome e passaria a ser transmitida via internet).
Como é usual no processo de convergência tecnológica, um dos grandes entraves é a legislação. A queda de braço no caso é entre as empresas de telefonia, ávidas por amplar seus serviços, e o setor de TV por assinatura, que teme o avanço das ricas telecoms sob seu nicho de mercado.
Outros problemas são a instabilidade das plataformas e necessidade de ampliação da largura de banda (mesmo para os já usuários de internet a cabo, principalmente se considerada a possibilidade de alta definição).
Por via das dúvidas, anotem aí minha frase de efeito para daqui uns anos:
"A IPTV e a TV Digital viraram a mesma coisa".
Visite o site do IPTV Latin America - infelizmente sem notícias do evento que termina hoje, dia 31. Acompanhe a cobertura do Tela Viva.
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