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quarta-feira, dezembro 17, 2008

Novas funções do jornalista (e o dilema da formação)

Eis aqui alguns links colecionados nos últimos dias por este professor cada vez mais incomodado desafiado + surpreso (valeu o toque, Kelly e Alex) com os rumos do jornalismo e da formação deste profissional. (Links sem muitos comentários, pois o eminente recesso de fim de ano faz pesar de vez o cansaço acumulado e adiar para 2009 reflexões mais definitivas...)

Search editor.
Statistics editor.
Project editor.
Link editor.
Community editor.
Network editor/ conversation editor.
Tag editor.
Mashup editor.
Web quality editor.
Internet editor.
São dez tarefas emergentes no jornalismo online. Mais em Ten roles for journalists (via Ponto Media)

Su lugar de trabajo está donde haya conexión a Internet. Con un portátil, una cámara y un teléfono son autosuficientes
O jornalismo em mobilidade: Periodistas sin redacción (El Pais)

10 mudanças no papel dos jornalistas

1- Um jornalista tem que saber trabalhar para mais do que um meio. Tem que ser polivalente e conhecer diferentes linguagens.
2-Um jornalista é o seu próprio editor.
3-Um jornalista é uma marca.
4-Um jornalista tem que estar em rede.
5-Um jornalista é um produtor.
6-Um jornalista é um arqueólogo de informação.
7-Um jornalista é um moderador.
8-Um jornalista é um autenticador.
9-Um jornalista é mais polícia de trânsito do que investigador privado.
10-Um jornalista é um DJ.

(e 5 coisas que se mantém)

1-O jornalista é um profissional especializado na recolha, tratamento, criação e gestão de informação;
2-O jornalista trabalha para a sociedade;
3-O jornalista é curioso por natureza, e procura saber mais do que mostram;
4-O jornalista é o primeiro garante da liberdade de expressão e informação;
5-O jornalista é um alvo;

Detalhes no post de Alexandre Gamela em O Lago


The Aggregator-Sub
The Mobile Journalist (MoJo)
The Data Miner
The Multimedia Producer
The Networked Specialist
Community Editor

são algumas atividades mapeadas por Paul Bradshaw em Model for the 21st century newsroom pt.6: new journalists for new information flows

É indispensável convergir à escala empresarial e tecnológica antes de acontecer uma integração dos profissionais e dos conteúdos", defendeu Ramón Salaverría, professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Navarra, Espanha, e subdirector do departamento de projectos jornalísticos da Universidade de Navarra, Espanha.
Repercussões do I Congresso Internacional de Ciberjornalismo em Ramón Salaverría: Ciberjornalismo era inevitável mas não pode cingir-se aos jornalistas (via @danibertocchi)

E agora? Você vai trabalhar onde? Vai pedir emprego pra quem? Aliás, o que é você mesmo? Publicitário? Relações Públicas? O quê?

Quer uma dica? Não peça emprego; crie oportunidades de trabalho. Esse é o jogo.

O bicho é feio? É feio. É bem feioso. Mas acredito piamente que com calma, muito esforço e competência você doma a fera cabeçuda e ainda sai bonito na foto.
O estudante de comunicação e o bicho que o espera (Zeca Martins, no Webinsider)

7 comentários:

Baiano disse...

Sensacional esses posts que estão aparecendo nesse fim de 2008.

Muito daquilo que dizem são assuntos que foram levantados por mim e por alguns (poucos, mas alguns) lá da turma.

Acho que o que melhor resume a nova 'função' é o "O Jornalista é um DJ". Uma metáfora perfeita.

Quando leio coisas assim é que fico ainda mais instigado a persistir nessa profissão tão complexa.

Kelly® disse...

pq incomodado, carlos?

fiquei curiosa em saber :)

eu sou uma dos muitos que seguiram caminhos menos tradicionais do jornalismo. mesmo assim, meu trabalho é 100% "especializado na recolha, tratamento, criação e gestão de informação".

Carlos d'Andréa disse...

Thiago: sensacional e desafiador, ainda mais no nosso contexto em Viçosa, não?

Kelly: incomodado no sentido de provocado, mas também há uma sensação de impotência. Estudar, formar e pesquisar nesta perspectiva não é fácil não...

Anônimo disse...

Nem pensar Carlos! Incomodado não, desafiado sim. O trabalho de qualquer professor não é debitar a matéria mas abrir os olhos aos alunos, alargar os seus horizontes. Está difícil é verdade, mas não temos nada a perder. Muita gente olha para a profissão como um beco sem saída, mas eu vejo cada vez mais oportunidades para se fazer mais coisas diferentes dentro da profissão. E sou um cara desempregado...

Muito obrigado pela referência no post, eu ia mesmo fazer uma recolha com os outros como você fez, mas assim linko logo para aqui. Mantenha a fé.

Abraço do lado de cá do Atlântico.

Adriana Amaral disse...

Carlos, adorei o Jornalista DJ simplesmente perfeito!! eu me encaixo duplamente hehe

Carlos d'Andréa disse...

Alexandre (e Kelly): vcs têm razão, a palavra incomodado é forte demais. Até editei no texto. Fé eu mantenho, com certeza.

Adriana: também adorei esta associação!

Baiano disse...

Com certeza é um desafio, Carlos.

Em um curso com tão pouco tempo de criação é possível modificar mais rapidamente algumas concepções atrasadas, como aquelas que pensam as disciplinas como isoladas, sem nenhuma integração.

Tudo que tenho lido sobre os grandes jornais é que eles tem integrado suas redações na busca de instigar seus profissionais a trabalharem as pautas de forma múltipla.

É como li em texto uma vez. Não é exatamente isso que estava escrito, mas o sentido é esse: "o jornalista do futuro não precisa necessariamente dominar todas as ferramentas, mas deve sim pensar formas de possibilitar que uma mesma pauta crie conteúdos em diversos meios que conversem entre si".

Acho que um simples cronograma, um planejamente e força, tanto de trabalho quando "de vontade", a gente chega lá!

PS: E mais uma vez agradeço ao concurso do meio do ano que colocou você aqui! Tomare que agora venha um fod* em Fotografia que a Maristela tá demotivada.