Alguns links acessados nos últimos dias sobre apropriações da ferramenta wiki:
1) Gerry McKiernan, no blog Scholarship2.0, faz uma compilação de dicas para uso da Wikipédia como exercício na sala de aula. Entre as práticas indicadas para cultivar o gosto pela ferramenta, há possibilidade de linkar artigos órfãos com páginas correlatas, traduzir artigos para outros idiomas ou, é claro, editar artigos considerados incompletos. Muito interessante.
2) Uma matéria da revista Scientific American (Science 2.0: Great New Tool, or Great Risk?) discute os impactos das práticas e softwares de mídia social sobre a produção e divulgação científica. Um dos grandes exemplos é o wiki OpenWetWare, que reúne milhares de pesquisadores da área biológica.
Uma das opiniões mais interessantes sobre a Ciência 2.0 vem do editor do site de pesquisa médica PLoS ONE, Christopher Surridge. Ele defende as novas práticas dizendo que "a ciência não existe só porque as pessoas estão fazendo experimentos, mas porque estão discutindo sobre eles". Em outro trecho, sentencia: "web 2.o adequa-se perfeitamente ao funcionamento da ciência. A questão não é se a transição vai acontecer, e sim qual sua velocidade".
Adequando-se ao tema, M. Mitchell Waldrop, autor do artigo on-line da SciAm, logo na abertura convoca os leitores a opinar sobre a versão 1.0 elaborada por ele. Os comentários, diz, serão considerados na versão impressa do texto, prevista para os próximos meses.
3) Enquanto isso, Jimmy Wales é o foco de um artigo do NYT , que o acusa, entre outras coisas, de:
- editar a página na Wikipédia sobre uma comentarista de TV com a qual teve um romance;
- gastar de forma abusiva o dinheiro doado para a Wikipédia;
- estar muito próximo de empresas de capital de risco e milionários como George Soros.
Aparentemente tranquilo, ele segue confirmando o caráter não-lucrativo da Wikimedia Foundation (mas não nega o affair e a edição do artigo sobre a moça).
Acesse: Open-Source Troubles in Wiki World ou a versão traduzida sem links.
Do mesmo autor, Noam Cohen, vale ainda ler o artigo Start Writing the Eulogies for Print Encyclopedias, em que relata o esforço das enciclopédias tradicionais para sobreviver nesses tempos colaborativos.
Dica inicial da Daniela Bertocchi.
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