A indústria fonográfica - leia-se grandes gravadoras - vem nos últimos meses dando sinais de enfim compreender a dinâmica de distribuição de informações - no caso músicas em mp3 - imposta pela internet.
No fim de janeiro, durante o Midem, o encontro anual do setor em Cannes, o tema da vez foi o DRM (Digital Rights Management, conjunto de tecnologias que visam proteger o direito de autor sobre um conteúdo digital, impedindo, por exemplo, a livre reprodução de uma arquivo).
Executivos das majors reconheceram que a estratégia proposta para evitar a pirataria e alavancar a venda de faixas avulsas não era o único modelo de negócio na nova (para eles, não para os consumidores) era musical.
Confirmando especulações levantadas no encontro, uma grande gravadora, a EMI, anunciou que vai comercializar parte de seu catálogo a um preço um pouco mais alto, sem a proteção anti-cópia. No Itunes, por exemplo, uma música no formato AAC com 256 kbps e sem proteção vai custar apenas $0,30 mais cara que a protegida, que mantém o valor unitário de $0,99.
O próximo passo é a comercialização das músicas dos The Beatles, que são distribuídas pela EMI mas ainda estão pendentes devido a uma longa e complicada disputa judicial envolvendo a marca Apple.
Leia mais:
- Uma luz no fim do túnel para o DRM? - blog Reflexões Digitais v2.0
- Midem: Window Of Opportunity Closing For Digital Rights Management- Intellectual Property Watch
- DRM Is Dead -- Long Live DRM! - The Techweb Blog
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