Ações de marketing de guerilha, on e off-line, represenções judiciais, censura, ampla repercussão na blogosfera e, aos poucos, na grande imprensa. Ganha ares épicos a batalha de informações no Amapá.
Em seus blogs, as irmãs Alcinea e Alcilene Cavalcante publicaram a foto da pixação Xô, Sarney, que se espalhou pelas ruas de Macapá clamando pelo fim da era Sarney na política local.
O senador entrou com várias representações no TRE local, pedindo indenização, suspensão dos blogs e direito de resposta. Por ordem judicial, a página da Alcilene está fora do ar; Alcinea resiste bravamente e pela última contagem galhou adesão de 80 blogs Brasil a fora.
Na argumentação da coligação de Sarney, a síntese do choque do Brasil arcaico com a era dos blogs: "É inaceitável que indivíduos que se dizem jornalistas armem uma longa teia de comunicação na internet para a prática de crimes".
Pergunto: que crime, cara pálida? Subversão?
Xô, mesmo!
quarta-feira, agosto 30, 2006
domingo, agosto 27, 2006
Divisão Digital em números
O uso da internet em domicílios e empresas foi mapeado em pesquisa de fôlego coordenada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil. O uso do meio nos lares foi levantado em 2005 após visitas a 8.540 domicílios e conversas com indivíduos a partir dos 10 anos.
Os resultados indicam, por exemplo, que o computador está presente na casa de 16,6% das famílias residentes no país e que a renda é o principal dificultador numa eventual aquisição do equipamento. Para de fato atingir a classe C, seu público-alvo, o programa PC Conectado deveria vender máquinas por preços bem mais em conta, caindo dos atuais R$ 1.400 para menos de R$ 1.000.
A falta de acesso em casa, no entanto, não inibe o uso do da internet: segundo o relatório, "existe uma separação entre a posse e o uso de Tecnologias da Informação e Comunicação", o que reconhece a importância dos pontos alternativos de acesso, como escolas e centros comunitários, para inclusão digital.
O PDF de 306 páginas da Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação no Brasil – TIC DOMICÍLIOS e TIC EMPRESAS pode ser baixado aqui.
Os resultados indicam, por exemplo, que o computador está presente na casa de 16,6% das famílias residentes no país e que a renda é o principal dificultador numa eventual aquisição do equipamento. Para de fato atingir a classe C, seu público-alvo, o programa PC Conectado deveria vender máquinas por preços bem mais em conta, caindo dos atuais R$ 1.400 para menos de R$ 1.000.
A falta de acesso em casa, no entanto, não inibe o uso do da internet: segundo o relatório, "existe uma separação entre a posse e o uso de Tecnologias da Informação e Comunicação", o que reconhece a importância dos pontos alternativos de acesso, como escolas e centros comunitários, para inclusão digital.
O PDF de 306 páginas da Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação no Brasil – TIC DOMICÍLIOS e TIC EMPRESAS pode ser baixado aqui.
sexta-feira, agosto 18, 2006
Jornais dos EUA na net
Dentre os sites dos 100 principais jornais dos EUA,
- 76% oferecerem o recurso de leitura via RSS, mas nenhum deles agrega publicidade a este serviço;
- 31% mantêm podcasts;
- 80% possuem ao menos um repórter blogueiro;
- Comentários são permitidos em 19% dos sites, enquanto 33% listam as matérias "Mais populares".
Estes são alguns dos dados apresentados no relatório The Use of Internet by American's Newspapers, publicado no início de agosto.
Vale uma leitura atenta.
- 76% oferecerem o recurso de leitura via RSS, mas nenhum deles agrega publicidade a este serviço;
- 31% mantêm podcasts;
- 80% possuem ao menos um repórter blogueiro;
- Comentários são permitidos em 19% dos sites, enquanto 33% listam as matérias "Mais populares".
Estes são alguns dos dados apresentados no relatório The Use of Internet by American's Newspapers, publicado no início de agosto.
Vale uma leitura atenta.
quinta-feira, agosto 17, 2006
ArteMov
Obras audiovisuais com duração de trinta segundos a dois minutos e concluídas há menos de um ano podem concorrer aos prêmios do ArteMov, festival internacional de arte em mídias móveis que terá sua etapa final em BH no mês de outubro.
Embora o foco sejam vídeos realizados por e/ou para suportes móveis (especialmente celulares), qualquer produção adaptada a estas mídias será aceita.
O site traz ainda uma revista eletrônica com artigos e links sobre o tema.
Embora o foco sejam vídeos realizados por e/ou para suportes móveis (especialmente celulares), qualquer produção adaptada a estas mídias será aceita.
O site traz ainda uma revista eletrônica com artigos e links sobre o tema.
A era da intercomunicação
"Na sociedade contemporânea, a política depende diretamente da mídia. As agendas do sistema político e mesmo as decisões que dele emanam são feitos para a mídia, na busca de obter o apoio dos cidadãos ou, pelo menos, atenuar a hostilidade frente às decisões tomadas".
"Trata-se, então, de uma crise de legitimidade. Mas embora o mundo afirme não ter mais confiança nos governos, nos dirigentes políticos e nos partidos, a maioria da população ainda insiste em acreditar que pode influenciar aqueles que a representam. Ela também crê que pode agir no mundo através da sua força de vontade e utilizando seus próprios meios. Talvez essa maioria esteja começando a introduzir, na comunicação, os avanços extraordinários do que eu chamo de Mass Self Communication (a intercomunicação individual)".
"Isso não quer dizer que tenhamos de um lado a mídia aliada ao poder, e de outro, as Mass Self Media, associadas aos movimentos sociais. Ao contrário: cada uma opera sobre uma dupla plataforma tecnológica. Mas a existência e o desenvolvimento das redes de Mass Self Communication oferecem à sociedade maior capacidade de controle e intervenção, além de maior organização política àqueles que não fazem parte do sistema tradicional".
Estes sao trechos do artigo de Manuel Castells publicado na edição deste mês do Le Monde Diplomatique versão br.
Leia e arquive.
"Trata-se, então, de uma crise de legitimidade. Mas embora o mundo afirme não ter mais confiança nos governos, nos dirigentes políticos e nos partidos, a maioria da população ainda insiste em acreditar que pode influenciar aqueles que a representam. Ela também crê que pode agir no mundo através da sua força de vontade e utilizando seus próprios meios. Talvez essa maioria esteja começando a introduzir, na comunicação, os avanços extraordinários do que eu chamo de Mass Self Communication (a intercomunicação individual)".
"Isso não quer dizer que tenhamos de um lado a mídia aliada ao poder, e de outro, as Mass Self Media, associadas aos movimentos sociais. Ao contrário: cada uma opera sobre uma dupla plataforma tecnológica. Mas a existência e o desenvolvimento das redes de Mass Self Communication oferecem à sociedade maior capacidade de controle e intervenção, além de maior organização política àqueles que não fazem parte do sistema tradicional".
Estes sao trechos do artigo de Manuel Castells publicado na edição deste mês do Le Monde Diplomatique versão br.
Leia e arquive.
quarta-feira, agosto 16, 2006
Demorou...
A coluna Toda Mídia, publicada diariamente na FSP pelo jornalista Nelson de Sá, passa a partir de hoje a repercutir a cobertura das eleições através de "quase recém-inaugurado" blog. O endereço foi divulgado na edição impressa de hoje, em nota do caderno Brasil, mas ainda não figura na página principal do UOL, FolhaOnline ou mesmo junto aos Blogs da Folha.
Um tanto normativas, as primeiras palavras do colunista são: "Bom dia Comentários abertos. Regras na coluna à direita."
O novo espaço é um desdobramento natural do trabalho de monitoramento realizado por Sá, que, cada vez mais atento às novas mídias, passa agora a repercutir podcasts e YouTube.
Um tanto normativas, as primeiras palavras do colunista são: "Bom dia Comentários abertos. Regras na coluna à direita."
O novo espaço é um desdobramento natural do trabalho de monitoramento realizado por Sá, que, cada vez mais atento às novas mídias, passa agora a repercutir podcasts e YouTube.
segunda-feira, agosto 14, 2006
Desafios da Convergência
O jornalista Caio Túlio Costa é o convidado da próxima segunda-feira, dia 21, às 19h, no auditório do campus Buritis da UNA, em BH.
Atualmente Caio Túlio é CEO da operação de Internet da Brasil Telecom e vai falar sobre os Desafios da Convergência: novas e velhas mídias na era da informação digital. Ao final, relança o livro Ombudsman - O Relógio de Pascal (foi o primeiro a ocupar este cargo na Folha de S. Paulo).
O público externo pode inscrever-se através da página da UNA.
Atualmente Caio Túlio é CEO da operação de Internet da Brasil Telecom e vai falar sobre os Desafios da Convergência: novas e velhas mídias na era da informação digital. Ao final, relança o livro Ombudsman - O Relógio de Pascal (foi o primeiro a ocupar este cargo na Folha de S. Paulo).
O público externo pode inscrever-se através da página da UNA.
sábado, agosto 12, 2006
YouTube ajuda Globo?
Estudo do Pew Research Center, já bastante citado na blogosfera nos últimos dias, foi repercutido pelo blog e-periodistas, de Ramón Salaverría:
"Según ese estudio, realizado con base en 3.204 entrevistas, uno de cada tres estadounidenses acude hoy día regularmente a internet en busca de noticias y, para la mayoría de estas personas, la información de los cibermedios es un complemento --y no un sustituto-- de los contenidos obtenidos por medios de comunicación tradicionales como la prensa, la radio o la televisión. La principal conclusión de este informe es que internet no está matando a los medios tradicionales sino que, bien al contrario, está ayudándolos en su búsqueda de nuevas audiencias, particularmente entre los jóvenes."
Este hábito me remeteu a uma discussão tocada em sala de aula esta semana.
Os principais presidenciáveis concederam entrevistas exclusivas ao Jornal Nacional, numa explícita estratégia da Globo de superar a imagem negativa construída ao longo das eleiçoes anteriores e de reforçar sua relevância na formação da opinião pública, cada vez mais dispersa e fragmentada.
Não vi as entrevistas ao vivo, mas, como milhares de outras pessoas, as recuperei no YouTube (Lula, Alckmin, Heloísa Helena e Cristóvão Buarque).
As perguntas que ficam no ar: até que ponto a perda da audiência da TV pode ser compensada (não em termos financeiros, mas de prestígio) pela acessibilidade constante permitida pela web? As emissoras de TV tendem a ganhar ou perder com o trabalho de um exército de voluntários que diariamente se dispõe a publicar trechos (antigos, novos, cômicos, dramáticos: enfim, relevantes) da produção audiovisual brasileira?
No caso do JN e as entrevistas, não tenho dúvidas: o velho jornal das 20h ganhou, e muito.
"Según ese estudio, realizado con base en 3.204 entrevistas, uno de cada tres estadounidenses acude hoy día regularmente a internet en busca de noticias y, para la mayoría de estas personas, la información de los cibermedios es un complemento --y no un sustituto-- de los contenidos obtenidos por medios de comunicación tradicionales como la prensa, la radio o la televisión. La principal conclusión de este informe es que internet no está matando a los medios tradicionales sino que, bien al contrario, está ayudándolos en su búsqueda de nuevas audiencias, particularmente entre los jóvenes."
Este hábito me remeteu a uma discussão tocada em sala de aula esta semana.
Os principais presidenciáveis concederam entrevistas exclusivas ao Jornal Nacional, numa explícita estratégia da Globo de superar a imagem negativa construída ao longo das eleiçoes anteriores e de reforçar sua relevância na formação da opinião pública, cada vez mais dispersa e fragmentada.
Não vi as entrevistas ao vivo, mas, como milhares de outras pessoas, as recuperei no YouTube (Lula, Alckmin, Heloísa Helena e Cristóvão Buarque).
As perguntas que ficam no ar: até que ponto a perda da audiência da TV pode ser compensada (não em termos financeiros, mas de prestígio) pela acessibilidade constante permitida pela web? As emissoras de TV tendem a ganhar ou perder com o trabalho de um exército de voluntários que diariamente se dispõe a publicar trechos (antigos, novos, cômicos, dramáticos: enfim, relevantes) da produção audiovisual brasileira?
No caso do JN e as entrevistas, não tenho dúvidas: o velho jornal das 20h ganhou, e muito.
Morte assistida
Notícia garimpada pelo blog do Limc exibe poder de influência dos agrupamentos on-line: um adolescente gaúcho de 16 anos teria cometido suicído após orientação e acompanhamento de integrantes de um fórum (ver matéria do Zero Hora). Evidentemente ele não se matou "por culpa" da internet, mas não deixa de ser assustadora a frieza do diálogo virtual ("Acredito que funcionou (o suicídio) já que ele não tem estado em contato... "). É difícil acreditar que uma conversa como essa possa ser travada pessoalmente.
De todo modo, só mesmo o acordo velado de não divulgar suicídos na grande mídia para evitar mais uma demonização da internet.
De todo modo, só mesmo o acordo velado de não divulgar suicídos na grande mídia para evitar mais uma demonização da internet.
quinta-feira, agosto 10, 2006
quarta-feira, agosto 09, 2006
AI em livro
Assunto de suma importância no ambiente digital e pouquíssimo registrado no Brasil, a Arquitetura da Informação enfim é de um livro nacional: Ergodesign e Arquitetura de Informação: Trabalhando com o Usuário, lançado pela editora Quartet. O autor é o carioca Luis Agner, doutorando em design pela PUC-Rio e autor de uma série de 10 artigos muito bacanas publicado no Weinsider: Arquitetura de informação, que diabo é isso?.
O livro está à venda no Submarino. A conferir.
Curiosidade: a obra foi cadastrada neste site de e-commerce na categoria Livros >> Arquitetura e Urbanismo >> Decoração e Design (!). Erro de classificação, um dos princípios básicos da AI...
O livro está à venda no Submarino. A conferir.
Curiosidade: a obra foi cadastrada neste site de e-commerce na categoria Livros >> Arquitetura e Urbanismo >> Decoração e Design (!). Erro de classificação, um dos princípios básicos da AI...
quarta-feira, agosto 02, 2006
The Future of Innovation Journalism
Quase duas horas de mesa redonda realizada na Universidade de Stanford com alguns dos profissionais mais influentes da internet, como Vint Cerf e Dan Gillmor. |
Aos eventuais leitores
Há pouco mais de um ano no ar, este blog já foi um suporte para atividades de laboratório de uma disciplina, depois em parte desvinculou-se do dia-a-dia da sala de aula.
Passada mais outra temporada de férias, concretizamos a idéia de mudar de novo este caderno, que deixa de ter qualquer vínculo institucional ou acadêmico - novas práticas e exemplos, alinhados ao conceito de web 2.0, me parecem hoje mais interessantes para os alunos
A URL continua ativa. Muda o nome e amplia-se o escopo: NovasM, NMídias abre espaço para falarmos não só das Novas, mas também das "velhas mídias" - ou principalmente do confronto entre estes conceitos. NovasM, por outro lado, abre espaços para referências a Maravilhas, Mexericos, Modas, Memórias ou Merdas em geral.
Por tabela mudam a lista de links à esquerda, a princípio organizada pelo alfabeto, e as cores do site.
Bola pra frente então.
Passada mais outra temporada de férias, concretizamos a idéia de mudar de novo este caderno, que deixa de ter qualquer vínculo institucional ou acadêmico - novas práticas e exemplos, alinhados ao conceito de web 2.0, me parecem hoje mais interessantes para os alunos
A URL continua ativa. Muda o nome e amplia-se o escopo: NovasM, NMídias abre espaço para falarmos não só das Novas, mas também das "velhas mídias" - ou principalmente do confronto entre estes conceitos. NovasM, por outro lado, abre espaços para referências a Maravilhas, Mexericos, Modas, Memórias ou Merdas em geral.
Por tabela mudam a lista de links à esquerda, a princípio organizada pelo alfabeto, e as cores do site.
Bola pra frente então.
Assinar:
Postagens (Atom)